Saúde do Trabalho - Vulnerabilidade ao Estresse como fator de risco
- Adelaide Ribeiro
- 11 de jun. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 14 de jul. de 2024
Diversas literaturas trazem o campo da saúde mental como território de estudos e pesquisas, desde a Idade média. Com o passar do tempo esse assunto tem ganhado bastante visibilidade. Sobretudo, na contemporaneidade em virtude de diversas mudanças que ocorreram em todos os aspectos e, áreas. Compreendemos que o desenvolvimento da globalização e a sincronização da tecnologia também foram um marco para o avanço dos transtornos psicológicos da atualidade. Sendo o estresse um dos principais causadores do desequilíbrio mental. Tornando ainda, um dos temas mais debatidos. Entretanto, porém, não há definição consensual uma vez que ora o estresse é considerado doença, ora fator de risco.
Considerado como o primeiro pesquisador do estresse, ainda na década de 1930, Hans Selye, afirma que o estresse é causado por fatores biológicos, o que chamou de "Síndrome Geral de Adaptação”. Onde, a síndrome, consistiria em um conjunto de respostas coordenadas pelo organismo em função de alterações, perturbações, em seu meio interno. Definindo, ainda, como quebra da homeostase interna, diante de um evento estressor, em que exige do indivíduo um esforço para
adaptação. Levando a entender que, um evento estressor é tudo aquilo que causa estresse. Ou seja, qualquer situação geradora de um estado emocional forte, que leve ao desequilíbrio desta "homeostase" exige uma adaptação. O que pode ser determinante para o indivíduo, uma vez que existem diversos fatores que culmina em um evento estressor. Não há nenhuma regra, cada pessoa responde de forma diferenciada.
Os principais tipos de agentes estressores são: sensoriais ou físicos, psicológicos, tóxi-infecciosos e traumáticos. Estressores, de ordem sensorial ou física, abrangem mudanças de temperatura, ruídos. Aspectos físicos: esportes de aventura e a prática de exercícios. Estressores psicológicos são acometimentos por exigências emocionais, como falar em público, luto, mudanças inesperadas, periodo de provas e exames, outros. Dentro dos estressores tóxi-infecciosos e traumáticos, estariam as reações de "estresse" causadas por cirurgias, parto, vírus, bactérias, fungos, e outras causas.
A OMS (Organização Mundial da Saúde), classifica o estresse como agudo ou crônico. Onde o estresse agudo acontece de forma mais intensa e tem curta duração. Geralmente surge após experiência traumática em que o indivíduo tenha vivenciado. Podendo surgir também, de forma passageira. Em casos de estresse crônico, inclusive, este é o que mais afeta as pessoas, de modo geral. Responsável, ainda, por maior parte de afastamento do trabalhador de suas atividades laborativas. Como o próprio nome já diz "crônico", porque resulta em um quadro mais persistente e prolongado. Podendo se elevar por grandes períodos. Cabe avaliar cada caso. O tratamento sugerido é sempre o multidisciplinar.
Importante considerar, também, como surgimento de estressores, fatores como o modo de execução do trabalho. Quando há exigências e prazos na entrega de resultados a tendência é que o sujeito venha reduzir cada vez mais a seus resultados por não conseguir dar conta da pressão psicológica e assim assimilar com qualidade. O que resulta em possíveis prejuízos emocional, social e psicológico, para o trabalhador. Tendendo à constrangimentos, humilhação, diminuição do interesse em exercer funções que outrora eram prazerosas.
De tudo o que se sabe sobre o transtorno de estresse é que ele é um vilão à saúde mental de todo e qualquer sujeito. Quando não tratado tende a evoluir para outros sintomas como a Ansiedade, Depressão, Transtorno Afetivo do humor, Burnout, e outros.
Por Maria Adelaide.
Psicóloga - CRP 05/63487.
Pesquisa e Material de apoio - Estudos FAVENI - 2024.
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